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Precisamos falar sobre os sinais e riscos da endometriose

Entre 5 e 15% das mulheres em idade reprodutiva têm endometriose. A doença afeta profundamente a vida de pacientes acometidas. Entretanto, muitas mulheres demoram tempo para receber o diagnóstico correto.

Infelizmente, muitas vezes os sintomas são subestimados e atribuídos a sintomas comuns do ciclo menstrual. Por outro lado, o ritmo de vida frenético, onde tudo é muito urgente e intenso, a própria mulher pode deixar a saúde em segundo plano.

No HSC Blumenau, há mais de 20 anos, a equipe médica é pioneira em cirurgias para o tratamento de endometriose. Dessa forma, o procedimento é conduzido por ginecologista experiente, juntamente com a equipe multidisciplinar especializada.

Sintomas para ficar atenta

Basicamente, os sintomas são dores pélvicas, que caracteristicamente pioram a cada período menstrual. Além disso, dor durante e após o sexo e para urinar e evacuar, intestino preso ou solto demais e inchaço abdominal também são sinais da doença.

Contudo, a endometriose pode atingir órgãos próximos ao útero e ovários. Dessa forma, é comum identificar endometriose nos ureteres (canais que levam a urina do rim para a bexiga), intestino (principalmente sigmoide e reto) e também na bexiga.

Prevenção em primeiro lugar

Quando a queixa é de dor pélvica, é preciso lembrar que endometriose é coisa séria. Por vezes, a paciente chega ao diagnóstico não pelos sintomas, mas pela infertilidade causada pela doença. O acometimento dos ovários e trompas é muito comum.

Em muitos casos, não dá para prevenir o aparecimento da doença, mas certos hábitos podem diminuir o risco. Por exemplo, diminuir o estresse, praticar atividades físicas e aumentar o consumo de alimentos ricos em ômega-3.

O tratamento da endometriose

Segundo o obstetra e ginecologista do HSC Blumenau, Daniel Bruns, a intensidade da doença pode variar. “Por isso, as opções de tratamento devem ser individualizadas”.

Nos casos mais leves, o tratamento da endometriose pode ser somente clínico com medicamentos e mudança nos hábitos de vida. Entretanto, nos casos mais severos, pode ser necessário realizar extensas cirurgias.

E a cirurgia?

Quando indicada, a cirurgia deve ser realizada com uma equipe multidisciplinar com cirurgião geral, ginecologista e urologista. Além disso, é recomendado o amparo de outros especialistas, como nutricionista, psicólogo e fisioterapeuta.

Dessa forma, o procedimento é realizado por via minimamente invasiva, ou seja, videolaparoscopia. Porém, em alguns casos, é necessária a abertura de um acesso maior para retirada de órgãos. O tempo de recuperação varia de 7 a 45 dias.

 

Revisão médica por: Dr. Daniel Fabrício Bruns, ginecologista e obstetra. 

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