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Automedicação: o perigo disfarçado de remédio

As pessoas buscam encontrar na automedicação a solução para problemas momentâneos ou frequentes que prejudicam o seu dia a dia e não se dão conta dos perigos aos que estão se expondo.

A automedicação vista como uma solução para o alívio imediato de alguns sintomas pode trazer consequências mais graves do que se imagina. Reações adversas, alteração dos sintomas de uma doença, intoxicações, são alguns dos muitos riscos que o paciente está exposto ao utilizar medicamentos sem prescrição médica.

A intoxicação por medicamentos, por exemplo, ocupa o primeiro lugar dentre as causas de intoxicação registradas em todo o país, a frente dos produtos de limpeza, dos agrotóxicos e dos alimentos estragados. Estatísticas do sistema Nacional de informações Tóxico-farmacológicas (Sinitox) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) revelam que os medicamentos respondem por 27% das intoxicações no Brasil e 16% dos casos de mortes.

Vale lembrar, porém, que não são apenas os medicamentos industrializados que representam um risco para a saúde, os fitoterápicos, os chamados medicamentos naturais, também expõem as pessoas a vários perigos.

Não há como acabar com a automedicação, talvez pela própria condição humana de testar e arriscar decisões. Há, contudo, meios para minimizá-la. Programas de orientação para profissionais de saúde e população em geral, são fundamentais nessa situação.

Então, caro leitor, agora que você já conhece os riscos da automedicação nada de sair por aí tomando remédios sem prescrição médica. Contudo, em casos de reações adversas, que podem ocorrer com ou sem prescrição, procure imediatamente um médico ou Pronto-Atendimento, afinal, com a saúde não se brinca, não é mesmo?

Por Andiara Laurindo Florenço Neuwiem, farmacêutica do HSC Blumenau.

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