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10 mitos e verdades sobre a amamentação do recém-nascido

Rico em água, proteínas e sais minerais, o leite materno contém todos os nutrientes que o bebê precisa consumir. Por isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde recomendam a amamentação exclusiva para todas as crianças em seus primeiros seis meses de vida.

A prática protege o bebê de infecções de ouvido, diarreia, pneumonia e outras doenças da infância. Ou seja, é um eficiente recurso para fortalecer o sistema imunológico. Além disso, a mãe também se previne de diabetes, câncer de mama e ovário, doenças cardíacas e depressão pós-parto.

Apesar de ser um ato natural e essencial para o desenvolvimento do bebê, o aleitamento pode ser ensinado e aprendido. Afinal, ele envolve características próprias do recém-nascido, mas também condições físicas e emocionais da mãe.

1. O tipo de parto interfere na amamentação?

Mito. Tanto o parto normal quanto a cesariana não influenciam no processo de produção do leite da mãe. Entretanto, no caso de muita dor, a “descida” do leite pode demorar mais.

2. O bebê já nasce com fome?

Mito. Ele nasce com uma reserva, chamada gordura marrom. Assim, o recém-nascido pode ficar um período sem se alimentar, mas isso depende da idade gestacional e do peso. O mais indicado é oferecer o seio à livre demanda.

3. A descida do leite acontece logo após o nascimento do bebê?

Mito. A descida do leite acontece aproximadamente 72 horas após o parto. Porém, a saída de colostro acontece logo após, um leite repleto de substâncias importantes, que favorecem sua defesa contra infecções.

4. A alimentação da mãe reflete no leite?

Verdade. A mãe precisa manter uma alimentação saudável e equilibrada. Portanto, ela não deve ingerir bebidas alcoólicas e nem exagerar no café e alimentos tipo leite de vaca e derivados.

5. O silicone atrapalha?

Mito. O silicone não interfere na produção de leite da mãe e na amamentação. Entretanto, caso a mãe possua, é indicado informar ao pediatra sobre a cirurgia, para um acompanhamento mais cuidadoso.

6. Há leite mais fraco ou forte?

Mito. Nenhum leite materno é fraco. Portanto, a qualidade do leite de uma mulher desnutrida é tão boa quanto a de uma mulher nutrida. Assim, ambos são ricos em nutrientes necessários ao bebê.

7. O leite de vaca substitui o leite materno?

Mito. O leite materno é único. Portanto, seus benefícios, tais como o aumento da imunidade, também são exclusivos. O colostro, que sai na primeira mamada, pode ser considerado a primeira vacina do bebê.

8. Estresse e nervosismo podem atrapalhar a produção de leite?

Verdade. Situações de estresse ou tensão podem diminuir a quantidade de leite porque a produção excessiva de adrenalina bloqueia a oxitocina, hormônio que influencia na amamentação.

9. Bicos artificiais interferem no aleitamento?

Verdade. A mamadeira e a chupeta prejudicam a amamentação devido ao posicionamento da língua do bebê. Afinal, a mamadeira é mais fácil de sugar que no peito. O uso de apetrechos pode diminuir o estímulo da produção de leite.

É preciso revezar os seios?

Verdade. Em algumas situações, o revezamento dos seios é benéfica. O bebê inicia a mamada em uma mama e termina a mamada na outra e depois inicia a próxima mamada na mama em terminou a última mamada. Porém, isto não é uma verdade em todas as situações.

Concluindo, para o aleitamento materno evoluir bem, é importante procurar seu obstetra e pediatra, além dos profissionais dessa área, como enfermeiras, técnicas dos bancos de leite humano. Dessa forma, poderá ser definido um plano de ação e uma rede de apoio.

 

Revisão médica por: Dr. Mario Celso Schmitt, pediatra e neonatologista. 

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