Câncer de Linfoma de Hodgkin

É uma proliferação de células malignas do sistema linfático, que envolve primariamente linfonodos, baço, fígado e medula óssea. 

Os sintomas incluem aumento dos linfonodos do pescoço, sem dor, algumas vezes febre, suores noturnos, perda ponderal e coceira. O diagnóstico baseia-se na biópsia do linfonodo. O tratamento é curativo em 75% dos casos e consiste em quimioterapia e radioterapia.

A doença pode ocorrer em qualquer faixa etária. Porém, é mais comum entre adolescentes e adultos jovens (15 a 29 anos), adultos (30 a 39 anos) e idosos (75 anos ou mais). Os homens são mais propensos a desenvolver o linfoma de Hodgkin do que as mulheres.

A incidência de novos casos permaneceu estável nas últimas cinco décadas, enquanto a mortalidade foi reduzida em mais de 60% desde o início dos anos 1970 devido aos avanços no tratamento. A maioria dos pacientes pode ser curada com o tratamento disponível atualmente.

 

Estimativa de novos casos: 

2.640, sendo 1.590 homens e 1.050 mulheres (2020 – INCA).

 

Número de mortes:  

523, sendo 282 homens e 241 mulheres (2018 – Atlas de Mortalidade por Câncer – SIM).

O linfoma de Hodgkin resulta da transformação clonal das células de origem da célula B, dando origem às células de Reed-Sternberg binucleadas que são características da doença. 

A causa é desconhecida, mas a suscetibilidade genética e as associações ambientais (p. ex., ocupação, como o trabalho em madeira; história de tratamento com fenitoína, radio ou quimioterapia; infecção pelo vírus Epstein-Barr, Mycobacterium tuberculosis, herpes-vírus 6, HIV) estão relacionadas. 

O risco é discretamente maior nas pessoas com certos tipos de imunossupressão, como pacientes transplantados em uso de imunossupressores, pessoas com imunodeficiências congênitas (p. ex., ataxia-telangiectasiasíndrome de Klinefeltersíndrome de Chédiak-Higashi, síndrome de Wiskott-Aldrich) e pessoas com algumas doenças autoimunes (artrite reumatoidedoença célicasíndrome de Sjögrenlúpus eritematoso sistêmico).

 

Os principais sintomas são: 

  • Linfonodo aumentado e indolor principalmente cervical ou axilar. 
  • Coceira intensa resistente ao tratamento habitual;
  • Febre;
  • Sudorese noturna;
  • Perda de apetite resultando em perda de peso não intencional (mais de 10% do peso corporal nos últimos 6 meses) 

 

O linfoma de Hodgkin, na maioria dos casos, é uma doença curável quando tratado adequadamente. O tratamento clássico é a poliquimioterapia, quimioterapia com múltiplas drogas, com ou sem radioterapia associada. 

No momento do diagnóstico, dependendo do estágio da doença, pode-se estimar o prognóstico do paciente com o tratamento. O esquema ou protocolo de quimioterapia utilizado é denominado ABVD. Essa sigla identifica as iniciais das medicações utilizadas no tratamento: A de “Adriamicina”, B de “Bleomicina, V de “Vimblastina” e D de “Dacarbazina”. 

A quantidade de ciclos de quimioterapia depende da avaliação do estádio inicial do tumor. Os pacientes podem ser classificados como portadores de doença localizada ou doença avançada.

Para os pacientes que sofrem recaídas, ou seja, retorno da doença, ou que não respondem ao tratamento inicial, as alternativas vão depender da forma inicial de tratamento. As opções empregadas usualmente, e com indicações relativamente precisas, são a poliquimioterapia e o transplante de medula óssea.

Os pacientes devem ser acompanhados continuamente após o tratamento, com consultas periódicas cujos intervalos podem ir aumentando progressivamente. 

 

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