Oncogenética no diagnóstico do câncer

Oncogenética no diagnóstico do câncer

Segundo a Oncologista Clínica do ONCO HSC, Dra. Denise Lopes Ferreira Machado, tudo que é relacionado à oncologia é genético. Assim, em cada célula do corpo humano, há um código genético.

“Podemos imaginar um livro de receitas, responsável por ‘fabricar’ e orientar os detalhes do nosso organismo. Seguindo essa linha, as páginas seriam os genes. Então, se colocássemos os ingredientes errados ou arrancássemos páginas, a receita sairia errada”, explica.

Algumas alterações genéticas que acontecem em determinadas células do corpo humano ao longo da vida levam ao aparecimento de cânceres. São os chamados cânceres esporádicos.

Também existem alterações genéticas que nascem com o indivíduo e que podem aumentar as chances de aparecimento do câncer. Essas alterações ocorrem em todas as células do corpo e esses tipos de tumores são chamados de hereditários.

“É importante lembrar que se trata de uma predisposição e não uma sentença. Basicamente, a pessoa tem interruptores que podem ou não ser ligados. O que vai definir isso é o estilo de vida que a pessoa leva”, reforça.”

Como a Oncogenética pode ajudar no diagnóstico? 

Dra. Denise explica que, primeiramente é preciso saber se há indicação de realizar os testes genéticos para avaliar uma predisposição hereditária. Afinal, nem todas as pessoas têm indicação do teste.

“Em uma consulta de aconselhamento genético, o profissional faz um heredograma (árvore genealógica com os casos de câncer na família). Assim, podemos analisar se há indicação de prosseguir com os testes”, afirma.

Caso os testes mostrem predisposição hereditária para o desenvolvimento de câncer, o indivíduo poderá fazer os exames de rastreio de forma individualizada. O objetivo é detectar precocemente o seu aparecimento.

“Cada alteração genética requer ações diferentes. Em alguns casos, podemos indicar cirurgias redutoras de risco. Ou seja, a retirada do órgão que está em maior risco”, afirma a oncologista.

O que fazer em caso de risco genético para desenvolver o câncer?

Algumas alterações genéticas causam grande chance de desenvolver câncer durante a vida. Em contrapartida, outras alterações causam menos chance. Portanto, as intervenções serão de acordo com o gene afetado.

Os tumores hereditários correspondem a menos de 10% de todos os cânceres. Ou seja, a grande maioria, 90%, desenvolve-se ao longo da vida dos indivíduos, em decorrência de seus hábitos e do ambiente que vivem.

“A importância da Oncogenética está em individualizar o rastreio. A pessoa com alteração em um gene de predisposição ao câncer tem chance maior de desenvolver a doença, mas são os hábitos que definem se o interruptor será ou não ligado”, finaliza.


Agende sua
consulta
whatsapp