A- A A+

O que é necessário para realizar uma cirurgia de forma segura?

Com as restrições de isolamento social e as portarias de proibição da Secretaria de Estado da Saúde, a realização de procedimentos de saúde eletivos durante a pandemia da COVID-19 causou receio na população. Entretanto, pela própria segurança do paciente, algumas cirurgias precisam ser realizadas.

Por exemplo, se um paciente diabético não realiza a septação gástrica em um determinado prazo, pode haver piora devido às comorbidades associadas. Então, apesar de serem agendadas, as cirurgias eletivas também incluem procedimentos que podem gerar danos se não realizados.

De acordo com a Enfermeira do Centro Cirúrgico do Hospital Santa Catarina de Blumenau, Mayra Perraro Coan, as chances de pegar COVID-19 durante uma cirurgia são drasticamente reduzidas com a implementação de protocolos de segurança.

“Nossos pacientes são encaminhados para a Sala Cirúrgica de máscara e as cirurgias são agendadas com um tempo de segurança entre elas. Além disso, realizamos dois questionários: um no dia anterior e outro durante o preparo do procedimento”, destaca.

Mayra explica que o objetivo é confirmar as informações e questionar sobre sintomas sugestivos para COVID-19. Entre eles, febre, tosse seca e cansaço. Se houver suspeita, a cirurgia é cancelada e são coletados exames laboratoriais.

“Tivemos situações em que pacientes internados por conta do coronavírus precisaram realizar procedimentos de urgência e/ou emergência. Nesses casos, a Sala Cirúrgica é liberada após duas horas, com a limpeza terminal nas paredes, teto e chão”, esclarece.

Garantia de cirurgia segura

Os grandes diferenciais de realizar uma cirurgia eletiva em um Complexo Hospitalar são a segurança e a agilidade no transporte do paciente. No HSC Blumenau, o Centro Cirúrgico localiza-se estrategicamente ao lado do Centro de Terapia Intensiva (CTI).

“Pacientes que realizam procedimentos de grande porte têm a sua recuperação com cuidados intensivos. Então, é uma grande vantagem ter esses dois centros próximos. Quando cada segundo conta, o transporte do paciente precisa ser muito mais rápido”, explica.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estabelece o protocolo de cirurgia segura em três momentos. São eles: antes do paciente ser anestesiado, antes do paciente ser incisionado (cortado) e antes de ele sair de sala. Nessas três etapas, são feitos questionamentos.

“Se todas as etapas do checklist de cirurgia segura forem seguidas adequadamente, o risco de um incidente é mínimo. A mensuração de indicadores também intensifica a segurança. Dessa forma, nossa adesão de checagem antes de operar o paciente é de 100%”, conclui.

Últimas notícias